Era uma vez um príncipe que sentiu desejo de sair pelo mundo e não levou consigo senão um criado fiel.Um dia,ele cavalgava em uma grande floresta e,quando escureceu,vendo que não havia por ali nenhuma hospedaria,ficou sem saber onde passaria a noite.Então avistou uma moça que se dirigia a um casebre e,quando ele chegou mais perto,viu que a moça era jovem e bonita.Assim,ele iniciou uma conversa com a moça,e perguntava-lhe se encontrara um abrigo ,mais a moça disse-lhe que não poderia entrar em um abrigo ,pois a madrasta dela não se simpatizava com pessoas estranhas. Ele não compreendeu que tinha chegado à cada de uma feiticeira, que no caso,era a madrasta da jovem tão bela que ele viu, mais como estava escuro e ele não poderia prosseguir viagem nem tinha medo,entrou. A velha estava sentada em uma poltrona junto à ladeira e examinou os estranhos com seus olhos vermelhos.
- Boa Noite! - murmurou ela,fingindo cordialidade. Acomodem-se e descansem.
Depois soprou o carvão sobre o qual,em uma grande panela, estava cozinhando alguma coisa.A filha avistou-os de que tomassem cuidado para nada comer e também nada beber naquela casa, pois a velha preparava bebidas maléficas. Dormiram tranquilamente até o raiar do dia.
Quando se preparavam para a partida e o príncipe já estava sentado em seu cavalo,a velha disse:
-Espere um momento, desejo fazer um brinde à sua partida.
Enquanto ela foi buscar a bebida,o príncipe partiu a cavalo e o criado, que tinha de prender sua sela, ficou sozinho.Então a feiticeira voltou,trazendo a bebida.
- Leve-a a seu patrão - disse ela,mais naquele momento o copo quebrou e o veneno derramou-se sobre o cavalo e era tão poderoso que o animal morreu na hora. O criado correu até seu patrão e contou-lhe o que tinha acontecido ,mas não queria deixar para trás sua sela e correu de volta para pegá-la.Quando chegou junto ao cavalo morto, um corvo já estava sentado sobre ele e o devorava.
- Quem sabe se hoje encontraremos algo melhor? - disse o criado.Matou o corvo e levou-o consigo.Percorreram a floresta o dia todo,mas não conseguiram sair dela. Ao cair da noite, toparam com uma hospedaria e nela entraram.O criado deu ao dono o corvo,a fim de que ele o preparasse para o jantar. Eles, porém, tinham ido parar num covil de assassinos; com a escuridão,chegaram doze bandidos e sentiram vontade de matar e roubar os estranhos. Mas,antes de pôr mãos à obra,sentaram-se à,e o dono da hospedaria e a feiticeira se uniram a eles.Comeram juntos um prato de sopa na qual se tinha picado a carne do corvo.Mal tinham engolido alguns bocados e caíram mortos,pois o corvo os tinha contaminado com o veneno da carne do cavalo.Não restava ninguém naquela casa senão a filha do hospedeiro,que era uma moça honesta e não tinha tido nenhuma participação nas coisas terríveis que ali aconteciam.Ela abriu todas as portas para os estranhos e mostrou-lhes tesouros incontáveis.O príncipe ,porém,disse que ela poderia ficar com tudo, pois ele não queria nada,e partiu com seu criado.
Depois de terem cavalgado por muito tempo,chegaram a uma cidade onde havia uma princesa bela mas muito convencida; ela tinha feito proclamar que quem propusesse um enigma que ela não fosse capaz de decifrar se tornaria seu marido. Mas, se ela o decifrasse ,ele seria decapitado.Ela tinha três dias para refletir; mas era tão esperta que sempre acabava decifrando o enigma antes do prazo.Já nove tinham morrido daquela maneira, quando chegou o príncipe e,deslumbrado com a beleza da moça, quis arriscar sua vida. Então, apresentou-se diante dela e propôs seu engima:
- O que é: um não matou nenhum, mas matou doze?
Ela não sabia do que se tratava ,pensou e pensou,mas não conseguiu desvendar o enigma.Consultou seu livro de enigmas,mas nada encontrou ali.Em resumo,sua esperteza chegara ao fim.Não sabendo mais o que fazer, mandou sua criado ir até o quarto do senhor para espioná-lo enquanto dormia: talvez ele falasse durante o sono e revelasse o enigma...Mas o esperto criado tinha-se deitado na cama do lugar de seu patrão e,quando criada chegou, arrancou-lhe o manto em que ela estava envolvida e expulsou-a do quarto a chicotadas. Na segunda noite,a princesa enviou sua camareira na esperança de que ela tivesse melhor sorte.Mas o criado também arrancou-lhe o manto e expulsou-a a chicotadas.Na terceira noite,o príncipe julgou-se em segurança e deitou-se em sua cama. Eis que vai até lá a princesa em pessoa, envolta num manto cinzento,e se senta perto dele.Quando pensou que ele estava dormindo e sonhando,pôs-se a lhe falar,na esperança de que ele lhe respondesse durante o acordado e compreendeu e ouviu tudo muito bem.Ela perguntou:
-Um matou nenhum, o que isso significa?
-Um corvo, que se alimentou de um cavalo morto e envenenado e por isso morreu - foi a resposta do príncipe.
- E matou doze...como assim? - perguntou a princesa.
-São doze assassinos que provaram do corvo e por isso morreram.
Ao saber a chave do enigma,a princesa quis sair de fininho,mas o príncipe segurou-lhe o manto bem firmemente,de tal forma que ela teve de deixá-lo para traz.
Na manhã seguinte,a princesa fez saber que decifraram o enigma,mandou chamar os doze juízes e disse a eles qual era a solução.Mas o jovem pediu permissão para falar e disse:
- Ela foi de fininho até meu quarto à noite e me perguntou; caso contrário,não teria decifrado o enigma.
Os juízes pediram uma prova.Então o criado trouxe os três mantos.Quando os juízes viram o manto cinzento que a princesa costumava vestir,disseram:
-Que se borde o manto com ouro e prata! Será seu vestido de casamento.
o texto é grade de mais ta´maior do que no livro
ResponderExcluirvcs não podem diminuilo
ResponderExcluirTem o resumo???
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